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Público atendido:
❤️ Bebês e crianças de todas as idades;
❤️ Gestantes e Puérperas;
❤️ Mulheres com perda gestacional ou neonatal.
Os atendimentos presenciais são para todos os públicos e acontecem na SERVAC.
Para o público de mulheres, sejam gestantes, puérperas, lactantes ou que tenham sofrido perda gestacional ou neonatal, os atendimentos podem ser tanto presenciais, quanto online.
A Psicologia Perinatal é uma área de atuação referente às questões da perinatalidade e parentalidade. Ou seja, aos fenômenos que estão ligados ao tempo da gravidez, parto e pós-parto e como eles afetam aqueles que estão envolvidos neste processo: principalmente mãe, pai e bebê.
É uma área recente, dentro da Psicologia, e teve maior visibilidade com a obra de Maria Tereza Maldonado, intitulada: “Psicologia da Gravidez, Parto e Puerpério”, que, por sinal, foi uma das obras utilizadas no meu primeiro TCC, em 2004, quando estudei e escrevi pela primeira vez sobre Depressão Pós-Parto.
De lá para cá, outros autores seguiram desbravando esta temática até que Vera Iaconelli, em 2007 criou o termo “Psicologia Perinatal”, sobretudo após as discussões acerca da forma como vinham acontecendo os nascimentos no Brasil, escancarando o desrespeito à díade mãe-bebê com o alto número de cesáreas (na maioria das vezes desnecessárias e com indicações estapafúrdias) e a violência obstétrica que impacta diretamente no puerpério, na saúde mental da mulher, na qualidade do vínculo dela com o bebê e, consequentemente, no desenvolvimento dele.
Os autores da Psicologia Perinatal descontruíram alguns mitos, como por exemplo, classificar o puerpério como tendo duração de 45 dias, conforme constam nos manuais de saúde (a exemplo do próprio Manual do Ministério da Saúde que aborda sobre o Pré-Natal e o Puerpério).
Hoje, sabemos que esse prazo dado para recuperação do parto está ligado a questões do corpo, da organicidade e da ideia de que a mulher deve voltar a satisfazer sexualmente o seu marido, como bem descrito por Laura Gutman em seu livro “A maternidade e o encontro com a própria sombra”.
Os estudos da Psicologia Perinatal propõem que a mulher é um ser integral (mente e corpo) e que o puerpério é um evento bem mais complexo do que aquele resumido ao orgânico. Além disso, propõe-se que cada mulher é única e, portanto, cada puerpério terá a duração de acordo com a sua singularidade que ela traz com os eventos de sua história de vida.
Outro ponto que tem sido abordado com a Psicologia Perinatal é a respeito da Depressão Pós-Parto e da ideia de que a mulher que acabou de ter um filho não pode estar triste ou deprimida, uma vez que as pessoas ainda vêem a maternidade como sendo um estado de plenitude e felicidade absoluta.
No entanto, sabemos que o nascimento do bebê abre portas para memórias de quando essa mulher e esse homem foram bebês um dia, memórias reprimidas pelo consciente ao longo da vida e que são despertadas pela chegada do bebê, ainda que como algo “estranho” e “sem sentido”. Como algo que sinto, mas não sei porquê.
É possível verificar, em artigos científicos, o quanto essa ideia de maternidade plena e romântica tem adoecido as mulheres atualmente.
O período do puerpério é considerado pela Organização Mundial de Saúde como um período de intensas alterações emocionais significativas, podendo resultar em adoecimentos mentais. É também considerado o período com maior número de internações psiquiátricas.
Outro ponto discutido é o aspecto de “neoformação”, o estudo que comprova que as alterações ocorridas na gravidez não se referem somente ao corpo, mas também ao psiquismo dos pais.
É possível exemplificar esse fenômeno quando a maioria das puérperas referem não ser mais as mesmas que antes do bebê chegar, e algumas até não se identificam mais com gostos anteriores, seja de roupa, de comida, em relação ao próprio corpo e até em suas relações afetivas.
A Psicologia Perinatal é um campo novo, que conta com profissionais que tem buscado entender a formação de uma nova família como um evento significativo e que, para além de questões sociais, econômicas e financeiras, envolvem a mudança em estruturas psíquicas importantes.
Cabe ao psicólogo perinatal, portanto, estudar e intervir sobre os fenômenos emocionais ocasionados pela gravidez, nascimento, luto perinatal, planejamento familiar e alterações emocionais comuns a esse período como por exemplo a ansiedade, o estresse e a depressão.
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